melhores finos da Ilha de São Miguel

Aqui poderás ver quais os locais onde poderás beber os melhores finos da ilha de São Miguel (Açores), com direito a fotografia para veres a sua qualidade!

 

Existe um autêntico culto à volta dos locais onde se serve um bom fino (imperial) na ilha de São Miguel. Uns dizem que tem a ver com riscar o fundo dos copos, outros com não usar detergente na lavagem, há quem aumente o CO2, há quem use barris mais pequenos para ter mais rotatividade… enfim, estes quase mitos urbanos alimentam o imaginário Micaelense.

 

1. Lagoinha

Ahhhh… porque o Lagoinha já não é o que era! É pura maldade ou enfado por não se descobrir nada de melhor. Sem tornar isto numa espécie de post escrito pela NASA, diríamos que os finos continuam muito próximos do que sempre foram: excelentes! Num dia de Verão, com o sol a bater nas duas escadarias, separadas por uma rua, até parece que estamos no estádio do Braga, totalmente lotado, para ver um jogo qualquer de um futuro Mundial. Quantos barris precisarão estes senhores para aguentar 90 minutos de pressão no ataque?

 

2. A Cascata

Quando éramos jovens & imberbes a Cascata era assim, sem margem de dúvida, o melhor fino da Ilha de São Miguel. Os tempos mudaram, fizeram umas obras que os deixaram perdidos entre uma tasca genuína e qualquer coisa mais moderna, perderam o jogo no meio campo. Igual só parece estar uma coisa, a cerveja. Finos que costumam sair quase todos em Cascata, como no Mané Cigano.

 

3. O Arnaldo (Encerrado)

Fica ali no início da Alameda de Belém, mesmo ao pé da Casa de Saúde, o Egipto. É por isso aquele café em que se sente mais a presença de Egípcios. Se fôssemos uma senhora, ou mesmo um senhor que se desse ao respeito, nem descíamos a Alameda de Belém só para não passar lá perto, quanto mais entrar para pedir um fino. Mas nós somos a raça da Agenda Açores! Se sobreviver, como nós sobrevivemos, é beber cá fora, sentado na rotunda, a ver o Mahomed Salah fazer malabarismos.

 

4. O Madruga

Por falar em raça, caramba, que raça é essa Madruga? Ali para os lados da Rua de Santa Catarina encontramos um café, bem pequeno, chamado Madruga. Basicamente, o Madruga é um grupo gigante de amigos que tem um tirador de cerveja Especial. É bom que saiba sacudir a cevada do capote, porque eles vão meter-se consigo, vão gozar, brindar, brincar, derramar cerveja, abraçar, enfim tudo a que um Homem com amigos tem direito.

 

5. O Pinheiro

Do Lagoinha ao Pinheiro é um salto, ou dois. Depende do tamanho das pernas ou dos finos que já se beberam. Não é tão conhecido ou mesmo procurado como o Lagoinha. Este é logo o primeiro ponto que nos faz gostar de ir ao Pinheiro, na Praça Bento de Góis. E depois, porque a cerveja é muito boa e sempre podemos ir espreitando o jogo da selecção, rezando para que não nos faça falta um Pinheiro lá na Rússia.

 

6. Tabacaria Micaelense

No Mercado da Graça, a Tabacaria Micaelense é o membro mais novo deste culto do «fininho». Não tem qualquer tradição, nem nos parece que tenham assim uma grande experiência a tirar finos. Será só mais uma teoria, mas talvez por não lhe conferirem assim uma importância muito Especial acabam por tirar um fino 5 estrelas.! Frescos, como as couves e as hortaliças do mercado.

 

7. Travassos

Se não fosse mesmo bom, não estaríamos a falar pela segunda vez consecutiva no Travassos. É claro que também estamos um bocadinho sentidos pelo facto de o Professor Marcelo não ter ido beber uma cerveja connosco. Por isso, fica o recado que por lá já devem ter passado uns 11 milhões de portugueses. Diga-se, quase todos pela mão da Turma do Travassos, que é uma pouco como a raça do Madruga, mas mais bonitos e perfumados.

 

8Mané Cigano

Não é raro encontrar o Rodrigo Travassos no Mané Cigano. Isto só quer dizer que a cerveja aqui é boa. Muito boa mesmo. O Hélder Sardinha diz que tem uns truques que não podem ser revelados. E nós não nos importamos, desde que continue a tirar um fino naquele copo velho, baço, sujo que mais parece um vulcão em erupção. Se não beber depressa metade da cerveja desaparece nesta manifestação vulcânica e hipnótica. Não tenha medo em fazer o serviço que está ali para fazer: beber aquele fino.

 

9. Café Ponto de Encontro

Créditos para o Nelson, a.k.a Dragão que tem uma interessante ocupação de tempos livres, palmilhar a ilha de São Miguel à procura dos melhores finos. Foi ele que nos falou deste Ponto de Encontro, mesmo ao lado da Igreja de Santa Clara. É uma espécie de Pinheiro da cidade, ou seja, para aquelas ocasiões que mesmo não querendo muita confusão, continuamos a querer beber um excelente fino.

 

10. Tasca Típica Ribeira Grande

Só abre à tarde, o que é uma verdadeira chatice para aqueles que gostam de começar o dia a beber um fino. Mesmo assim, vale a pena a espera. Pois este será um dos cromos mais raros em toda a colecção e dá para perceber que levam este estatuto muito a sério. É por isso, uma espécie de nível 5 para o qual só se está preparado para jogar depois de passar pelo menos os 9 pontos anteriores.

 

11. O Dinis 

A Ribeira Quente tem tudo. Mar, peixe, marisco, praia, com corrente de água quente e as Furnas ali tão perto. Mesmo assim, a maior razão que se pode ter para visitar a Ribeira Quente são os finos do Dinis. São tão bons que chegamos a pensar que não haveria problema se os túneis que servem de entrada e saída à vila ficassem intransitáveis durante vários dias. Mais ou menos, até acabar o seu stock de barris de cerveja, aí os túneis voltariam a abrir. Mas só para deixar entrar os camiões com os barris de cerveja.

 

Sabemos que existem mais uns quantos sítios muito Especiais na nossa ilha. Gostaríamos só de dizer que estamos a trabalhar nisto. Acima de tudo, não tente fazer este percurso num só dia. Seja responsável, e beba sempre pela boca.

 

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