aves que tornam o céu no melhor lugar

22 aves que tornam o céu no melhor lugar dos Açores é um artigo que contém informação acerca das aves dos Açores, com fotografias de Carlos Ribeiro.

Antes livres que em paz sujeitos diz o Brasão de Armas da Região Autónoma dos Açores, conceito que os pássaros aqui nos Açores parecem interpretar com elevado rigor, liberdade e independência, valores que também muito prezamos aqui na Agenda Açores, mas como também prezamos muito os nossos amigos voadores, eis uma pequena lista de aves dos Açores que nos fazem levantar da cama mais cedo só para os poder observar. Qual a sua preferida?

 

1. Priolo (Pyrrhula murina)

Ave endémica da ilha de São Miguel. A sua plumagem é creme-acinzentada. A cabeça, as asas e a cauda são pretas; o bico é robusto e preto; as patas são em tons de rosa-escuro.

Comprimento: 15-17 cm

Local de observação: Floresta Laurissilva dos concelhos do Nordeste e Povoação.

Residente/endémico da ilha de São Miguel.

 

2. Cagarro (Calonectris diomedea)

Ave marinha grande e robusta. A parte superior da plumagem é castanho-acinzentada e a inferior branca, bem como o interior das asas, compridas e arqueadas, proporcionando-lhe um voo característico. O bico é amarelo.

Comprimento: 45-46 cm

Local de observação: Mar.

Migrador estival nidificante.

 

3. Milhafre (Buteo buteo rothschildi)

É a única ave de rapina diurna dos Açores. A sua plumagem é acastanhada nas partes superiores e castanho-clara com manchas/listas nas partes inferior; o interior das asas é esbranquiçado; a cauda é quadrada e listada; o bico é preto na ponta e amarelo na base; as patas são amarelas.

Comprimento: 51-57 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

4. Garajau-rosado (Sterna dougallii)

Menos abundante que o garajau-comum, apresenta plumagem branca no peito e abdómen, sendo as asas de um tom cinzento-claro; tem um barrete preto e o bico é igualmente preto; as patas são curtas e vermelhas; a cauda é bifurcada e mais comprida que a do garajau-comum. Durante a época de nidificação, o macho apresenta o peito rosado e a base do bico torna-se avermelhada.

Comprimento: 33-36 cm

Local de observação: Zonas costeiras.

Migrador estival nidificante.

 

5. Mocho (Asio otus)

Trata-se da única espécie de rapina nocturna dos Açores. A plumagem é castanha-amarelada. A cabeça possui tufos auriculares (“orelhas”), sendo as faces arruivadas e os olhos cor-de-laranja. O bico é preto e curvo; as patas são castanho-amareladas.

Comprimento: 31-37 cm

Local de observação: Parques e jardins urbanos, vales arborizados próximos de pastagens.

Residente.

 

6. Galinha-d’água (Gallinula chloropus correiana)

A sua plumagem é escura, revelando uma linha lateral branca, assim como as penas da cauda, que são igualmente brancas. O bico é vermelho com a ponta amarela. As patas e os dedos são muito compridos e esverdeados.

Comprimento: 32-35 cm

Local de observação: Lagoas e pequenos charcos.

Residente.

 

7. Garça-verde (Butorides virescens)

Garça relativamente pequena. Geralmente anda com o pescoço encolhido. Como o seu nome indica, apresenta uma tonalidade verde nas costas, as asas são cinzentas escuras, pescoço castanho com uma linha branca na frente, partes inferiores cinzentas, pernas amarelas e curtas.

Comprimento: 44 cm

Local de observação: Lagoas e pequenos charcos.

Origem: Continente americano.

Muito rara nos Açores.

 

8. Borrelho-semipalmado (Charadrius semipalmatus)

Muito parecido com o borrelho-grande-de-coleira, originário do continente europeu, diferencia-se daquele essencialmente pelas membranas interdigitais que apresenta em todos os dedos, pelo bico, mais curto e grosso, e pelo anel orbital, fino e pálido.

Comprimento: 16-17.5 cm

Local de observação: Zonas costeiras.

Origem: Continente americano.

Invernante.

 

9. Pilrito-das-praias (Calidris alba)

Pilrito de média dimensão, quase totalmente branco na plumagem de inverno, é frequente vê-lo junto à rebentação do mar nos areais das praias. O bico, patas e penas centrais da cauda são pretos. Durante a passagem primaveril são por vezes visíveis alguns indivíduos em muda para a plumagem nupcial, exibindo um tom alaranjado.

Comprimento: 18-21 cm

Local de observação: Zonas costeiras.

Origem: Região holártica.

Invernante.

 

10. Gaivota-de-bico-riscado (Larus delarwarensis)

Nos adultos a parte superior da plumagem é cinzento-clara e a parte inferior branca; bico amarelo, riscado transversalmente a preto; patas amarelo-esverdeadas.

Comprimento: 46-51 cm

Local de observação: Zonas costeiras e pastagens.

Origem: Região neártica.

Invernante.

 

11. Pombo-torcaz dos Açores (Columba palumbus azorica)

Ligeiramente maior que o pombo-das-rochas, distingue-se deste pela mancha branca que apresenta no pescoço e as barras transversais brancas nas asas. A plumagem apresenta um tom acinzentado na parte superior; a garganta e o abdómen são igualmente cinzentos e o peito é rosa-arroxeado; o bico, curto e fino, é avermelhado; as patas são curtas e vermelhas.

Comprimento: 40-42 cm

Local de observação: Jardins e áreas arborizadas.

Residente.

 

12. Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica)

Apresenta uma cauda muito bifurcada e comprida. A zona dorsal é preta com reflexos azulados, contrastando com a zona ventral, branca ou creme. Revela um tom avermelhado na fronte e no “babete”. Exibe uma banda peitoral preta e pequenas pintas brancas nas retrizes.

Comprimento: 18 cm

Local de observação: Zonas costeiras e pequenos charcos.

Origem: Região holártica.

Migrador estival regular.

 

13. Alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea patriciae)

Apresenta uma cauda muito comprida, que abana constantemente. O abdómen é amarelo e a parte superior cinzenta, com as asas pretas e brancas; a garganta é preta; as patas são rosa-acastanhadas e o bico é fino, preto e curto. As fêmeas diferem-se dos machos, essencialmente pela cor branca da garganta.

Comprimento: 18-19 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

14. Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula)

Pequeno e acastanhado, apresenta um babete ruivo muito característico; o abdómen é branco, o bico fino e as patas castanhas.

Comprimento: 14 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

15. Melro-preto (Turdus merula azorensis)

Uma das aves mais comuns do arquipélago. A plumagem e as patas são pretas; o bico e o anel ocular são amarelos. As fêmeas são acastanhadas, com o bico também acastanhado e não apresentam o anel ocular amarelo.

Comprimento: 24-25 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

16. Toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla gularis)

A plumagem na parte superior é cinzento-acastanhada; a garganta e o peito são branco-acinzentados e o abdómen branco; as patas são pretas; o bico, curto e fino, é igualmente preto. O macho distingue-se da fêmea pelo barrete preto, que na fêmea é castanho-arruivado.

Comprimento: 14 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

17. Estrelinha de São Miguel (Regulus regulus azoricus)

É a ave mais pequena da Europa. Muito irrequieta, a sua plumagem é castanho-esverdeada na parte superior e praticamente branca na parte inferior; as asas são pretas, tal como as patas e o bico, curto e fino. Na cabeça apresenta uma lista “tipo poupa”, amarela nas fêmeas e alaranjada nos machos.

Comprimento: 8-9 cm

Local de observação: Áreas arborizadas.

Residente.

 

18. Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris granti)

Ostenta uma plumagem preta com pintas branco-amareladas durante o Inverno. No verão a plumagem mantém-se preta, mas as pintas são substituídas por penas com reflexos metalizados de verde e roxo. O bico é amarelo, comprido e pontiagudo, e as patas são castanho-rosadas.

Comprimento: 19-22 cm

Local de observação: Observável em todos os hatitats.

Residente.

 

19. Bico-de-lacre (Estrilda astrild)

Espécie exótica. A plumagem é castanho-acinzentada, sendo o abdómen vermelho, assim como o bico, que é curto e forte; apresenta ainda uma mascarilha de cor igualmente vermelha.

Comprimento: 11 cm

Local de observação: Lagoas e pequenos charcos.

Residente.

 

20. Tentilhão dos Açores (Fringilla coelebs moreletti)

É das aves mais comuns do arquipélago. A cabeça e parte do dorso são cinzento-azulados, sendo a garganta a restante zona do dorso esverdeada. As asas e a causa são de preto e branco; a garganta e o peito são rosados. O bico é cinzento e as patas são castanho-rosadas. A fêmea apresenta uma plumagem acastanhada.

Comprimento: 14-16 cm

Local de observação: Áreas arborizadas, lagoas e pastagens.

Residente.

 

21. Pintassilgo (Carduelis carduelis parva)

Ave facilmente identificável pela sua “face” vermelha; a cabeça é preta e branca; as asas com pintas brancas e uma barra alar amarela ao meio; o peito é castanho e o abdómen branco. O bico é forte e cor de marfim; as patas são castanho-claro.

Comprimento: 12 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

Residente.

 

22. Canário da Terra

 

Muito comum nos Açores. A plumagem é acinzentada e acastanhada nas partes superiores laterais; com algum amarelo à mistura; a garganta, o peito e o abdómen são amarelos; o bico é curto e grosso, de cor rosada; as patas são castanho-rosadas. As fêmeas são semelhantes, mas menos coloridas.

Comprimento: 12-13 cm

Local de observação: Observável em todos os habitats.

 

Sabemos que existem muito mais aves nos Açores, algumas delas bem raras. Se quiser partilhar connosco, deixe um comentário aqui na Agenda dos Açores ou no nosso Facebook.

*Informação e fotografias retiradas do livro Para Além das Nuvens, de Carlos Ribeiro, edição Letras Lavadas. Poderá comprá-lo na Livraria Letras Lavadas, no Largo da Matriz, 69, em Ponta Delgada, ou na nossa loja online, aqui!

 

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