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Santa Maria: 50 Anos do 25 de Abril – O Passado no Presente (pelo Cinema Português)

Abril 19 | 21:00 - Abril 28 | 22:30

Comemoração dos 50 Anos do 25 de Abril na Praia da Vitória

Num tributo aos 50 anos da Revolução dos Cravos, o Atlântida Cine, em estreita colaboração com o Museu de Santa Maria, a Iniciativa Poética e o projecto FILMar da Cinemateca Portuguesa, apresenta um ciclo de cinema que percorre os tempos “Antes, Durante e Depois” da revolução, possibilitando um olhar íntimo e revelador sobre a transformação de Portugal.

Antes da Revolução

Esta secção inicia-se com a exibição de “As Ilhas Encantadas” de Carlos Vilardebó, seguido por “Vidas Sem Rumo” de Manuel Guimarães, e “Quando o Mar Galgou a Terra” de Henrique Campos, filmes que capturam a essência da vida e das lutas sociais em Portugal e suas colónias antes do levante, oferecendo uma perspectiva crítica sobre as condições que culminaram na necessidade de mudança.

Durante a Revolução

O coração deste ciclo reside nos filmes que abordam o período da revolução, com destaques para “Balada da Praia dos Cães” de José Fonseca e Costa e “Salgueiro Maia, o Implicado” de Sérgio Graciano. Estas obras oferecem um olhar profundo sobre os dias turbulentos da revolução que definiram a necessidade de lutar pela liberdade e democracia.

Depois da Revolução

O ciclo é concluído no nosso presente, recuperando pela memória oral as vivências dos dias obscuros através de documentários de Susana de Sousa Dias, como “48”, “Luz Obscura”, e a co-realização com Ansgar Schaefer, “Viagem ao Sol”. Estes filmes exploram nas gerações subsequentes e na identidade nacional, o impacto duradouro dos dias vividos durante a ditadura.

A programação foi definida pela capacidade de cada filme provocar diálogo, reflexão e compreensão profunda dos valores, sacrifícios e conquistas que continuam a ecoar na sociedade portuguesa.

 

Programa:

 

19 de Abril às 21h00A invenção do Amor, de António Campos e Catembe, de Faria de Almeida.

Em A invenção do Amor, um casal é perseguido pela Polícia e pelos cidadãos da cidade pelo crime de terem inventado o amor. Inspirado por um poema de mesmo nome do poeta cabo-verdiano, Daniel Filipe, a primeira ficção de Campos, mais conhecido pelo seu trabalho etnográfico, é uma alegoria ao Estado Novo filmado com amigos em Leiria. O filme foi retirado de circulação pelo próprio realizador, que sabia que “A Invenção do Amor” seria censurado.

Catembe documenta os sete dias da semana no quotidiano de Lourenço Marques. Após uma série de entrevistas em que Manuel Faria de Almeida pergunta a transeuntes na Baixa lisboeta o que sabem sobre Lourenço Marques, o filme integrava sequências de ficção protagonizadas pela rapariga Catembe. O corte, imposto pelo Ministério do Ultramar, de 19’ dos 87’ da obra, motivou uma segunda versão, documental, de apenas 45’, por sua vez proibida pela Comissão da Censura.

 

20 de Abril às 21h00Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira.

1971. António vê a sua vida brutalmente interrompida quando é incorporado no exército português, para servir como médico numa das piores zonas da guerra colonial, o Leste de Angola.
Longe de tudo o que ama, escreve cartas à mulher à medida que se afunda num cenário de crescente violência. Enquanto percorre diversos aquartelamentos, apaixona-se por África e amadurece politicamente. A seu lado, uma geração desespera pelo regresso. Na incerteza dos acontecimentos de guerra, apenas as cartas o podem fazer sobreviver.

 

21 de Abril às 21h00 Salgueiro Maia, o Implicado, de Sérgio Graciano.

Salgueiro Maia – O Implicado, constitui o primeiro retrato, a projectar no grande ecrã, daquele que é considerado o herói e o símbolo mais puro do 25 de Abril de 1974. Fernando Salgueiro Maia, o anti-herói não ocasional, produto de uma formação académica e militar, foi um homem que soube pensar o futuro, seguir as ideias, contestando-as, vivendo uma vida cheia, alegre e fértil, solidária e sofrida – se não tem morrido prematuramente aos 47 anos, teria agora 79.

Através de uma abordagem moderna, intimista e emocional, Salgueiro Maia – O Implicado retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o Capitão de Abril. As pequenas revelações que permitem perceber melhor de onde vinha a moderação, a valentia, a educação e a firmeza com que sempre se apresentou publicamente, e que foram a chave para que a Revolução dos Cravos tenha sido como foi.

Mais do que um docudrama, Salgueiro Maia – O Implicado é uma história de ficção baseada em factos históricos, relatos pessoais, revelações íntimas, emoções reais de quem acompanhou o capitão ao longo de toda a vida. Um filme que revela o outro lado de uma personagem mítica e que presta homenagem ao homem, ao estudante, ao militar, ao pai, ao amigo e ao ímpar militar de Abril.

 

23 de Abril às 21h00 Revolução (Sem) Sangue, de Rui Pedro Sousa.

Baseado em acontecimentos reais, Revolução (Sem) Sangue acompanha as vidas, sonhos e inquietações de quatro jovens nos últimos dias do regime ditatorial. Um golpe de Estado militar derrubou o Governo e a população foi aconselhada a permanecer em casa. No entanto, a ânsia pela liberdade levou-os, junto com a multidão, para as ruas. Com origens e motivações diferentes, o dia 25 de Abril de 1974 trouxe-lhes um destino comum. O dia que mudou o rumo do país ditou também o fim precoce das suas vidas. Esta é a história das suas vidas, uma história onde todos nos podemos rever um pouco na memória de cada um e confirmar que há uma raiz comum nas diferentes gerações.

 

25 de Abril

17h00 – Espectáculo de dança contemporânea com Carmen Moreira.

21h00 Açores, Outono, de Acácio de Almeida e Que Farei com Esta Espada, de João César Monteiro.

Documentários.

 

26 de Abril às 21h00 48, de Susana de Sousa Dias.

O que pode uma fotografia de um rosto revelar sobre um sistema político?

O que pode uma imagem tirada há mais de 35 anos dizer sobre a nossa actualidade?

Partindo de um núcleo de fotografias de cadastro de prisioneiros políticos da ditadura portuguesa (1926-1974), 48 procura mostrar os mecanismos através dos quais um sistema autoritário se tentou auto-perpetuar.

 

27 de Abril às 21h00 Luz Obscura, de Susana de Sousa Dias.

Que rede familiar se esconde por detrás de um único preso político? Como dar corpo a quem desapareceu sem nunca ter tido existência histórica? Partindo de fotografias da polícia política portuguesa (1926-1974), o filme procura revelar como um sistema autoritário opera na intimidade familiar, fazendo emergir, simultaneamente, zonas de recalcamento actuantes no presente.

 

28 de Abril às 21h00 Viagem ao Sol, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer.

Com imagens de arquivo de proveniência sobretudo familiar, o filme parte dos testemunhos de crianças austríacas enviadas no pós-guerra para Portugal. O filme constitui uma reflexão sobre crianças em situação de conflito e pós-conflito e sobre a potência do olhar infantil em revelar um acesso a realidades ofuscadas pelas narrativas oficiais. Partindo de um pequeno episódio da grande História, Viagem ao Sol estabelece inesperadas e múltiplas ressonâncias com o presente, numa Europa cada vez mais assolada por movimentos migratórios e onde o espaço para o Outro parece reduzir-se inexoravelmente.

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Detalhes

Início:
Abril 19 | 21:00
Fim:
Abril 28 | 22:30
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Local

Santa Maria – Atlântida Cine
Santa Maria - Atlântida Cine
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