Neste artigo poderás conhecer 15 pintores açorianos que tens mesmo de conhecer, desde os mais antigos aos contemporâneos e de diferentes movimentos artísticos.
Os Açores são conhecidos pela sua paisagem deslumbrante, pela proximidade do mar e da natureza, e são também conhecidos pela qualidade dos seus produtos. Aqui e ali são notícia por causa de um vendaval ou de uma chuvada que decidiu passar perto demais. E depois ainda temos os vulcões, a origem de tudo. Com cores tão garridas e inspiradoras, dos amarelos, laranjas e vermelhos, aos vários verdes do campo, tons de azul do mar e do céu, por vezes também com várias gradações de cinzento, como é que não haveríamos de ter pintores tão talentosos, como o António Dacosta ou o Domingos Rebêlo? Só para dar dois exemplos que constam no Top Azores desta semana: 15 pintores açorianos.
Domingos Rebêlo
Domingos Rebêlo no seu estúdio a pintar uma das suas obras mais icónicas, o Viático.
Domingos Maria Xavier Rebêlo (Ponta Delgada, 3 de Dezembro de 1891 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1975) é o pintor açoriano mais conhecido e um dos melhores pintores açorianos de sempre, por isso teríamos de começar este artigo obrigatoriamente com ele.
Tendo desde muito cedo revelado propensão para o desenho e para a pintura, ingressou na Escola de Artes e Ofícios Velho Cabral, a antecessora institucional da atual Escola Secundária Domingos Rebelo, cursando desenho. O pintor Artur Jaime Viçoso May, diretor da Escola, reconheceu o talento artístico do aluno e incentivou a produção das suas primeiras obras. Foi graças a esse apoio que Domingos Rebelo, com apenas 13 anos de idade, pela primeira vez expôs uma das suas obras, e a sua qualidade chamou também a atenção dos condes de Albuquerque que decidiram custear os estudos artísticos do jovem Domingos em Paris, na Académie Julien e no curso livre da Académie de la Grande Chaumière.
Em Paris Domingos Rebêlo teve contacto com diversos outros artistas portugueses e estrangeiros que influenciaram a sua obra, principalmente os Modernistas Paul Cézanne, Henri Matisse e Amedeo Modigliani.
Em 1913, regressa à sua terra natal onde permaneceu trinta anos, deslocando-se de vez em quando a Lisboa e participando com regularidade nas exposições anuais da Sociedade Nacional de Belas-Artes, de que era sócio e de que seria mais tarde dirigente.
Fixado em Ponta Delgada, dedicou-se à docência, ao mesmo tempo que continuou a pintar, expondo localmente, mas mantendo uma importante presença em Lisboa com algumas participações internacionais.
A devoção que sentia pela sua terra natal está patente na grande maioria das suas telas no período de 1913-1942, nas quais retratou costumes, tradições e usos do povo açoriano, com destaque para as actividades tradicionais do mundo rural, os aspectos religiosos, as festividades, folclore e outras manifestações artísticas populares.
A partir de 1942 Domingos Rebelo estabeleceu-se definitivamente em Lisboa, tendo como primeira grande encomenda completar a obra a fresco iniciada pelo pintor expressionista Adriano Sousa Lopes no Palácio de São Bento, a então Assembleia Nacional, hoje Paços da Assembleia da República.
Pintou, ainda, os frescos da Igreja de São João de Deus, iniciando uma fase já desligada do regionalismo, durante a qual produziu centenas de quadros de temática diversificada que hoje se encontram dispersos por museus, igrejas e colecções particulares.
O Viático, 1919, óleo sobre tela, coleccção Museu Carlos Machado.
António Dacosta
Foto: Miriam Dacosta
António Da Costa Jr. (Angra do Heroísmo, 3 de Novembro de 1914 – Paris, 2 de Dezembro de 1990), conhecido por António Dacosta, foi poeta, crítico de arte e pintor.
Os seus estudos artísticos iniciam-se em 1935 na Escola de Belas Artes de Lisboa, tendo exposto cinco anos depois na Casa Repe, juntamente com o pintor surrealista António Pedro, numa mostra que assinala a entrada formal do surrealismo em Portugal.
Em 1947, decide prosseguir estudos em Paris, sendo bolseiro do Governo Francês. E por lá se instala definitivamente.
Inicialmente um artista surrealista, a sua obra a partir de 1949 vai-se tornando cada vez mais abstrata. Segue-se um hiato de trinta anos em que interrompe quase por completo a prática artística, dedicando-se à crítica de arte.
Retoma a pintura de forma consistente apenas no final da década de 1970. A partir daí e até à data da sua morte irá realizar um conjunto de obras diversas notáveis.
Melancolia (1942)
Tomaz Borba Vieira
Foto: CM Lagoa
Tomaz Borba Vieira nasceu em 1938 na cidade de Ponta Delgada e desde criança que tinha gosto pelas tintas e pincéis e pelas obras de arte que admirava no Museu Carlos Machado.
O seu talento pelas artes fez com que fosse estudar para a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e, mais tarde, na Academia de Belas Artes de Florença, e depois Pedagogia, na Universidade de Lisboa, e Ciências da Educação, na Universidade de Boston, tendo lecionado na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
De forma a descentralizar a arte e a cultura dos grandes centros urbanos e trazer mais um espaço artístico-cultural para a sua terra, fundou o Centro Cultural da Caloura, no município da Lagoa, município esse, que decidiu homenageá-lo dando o seu nome à Biblioteca Municipal.
Sereia expulsa da ilha por Marinho e Bispo Necromante (1998). Pode ser apreciado no Museu Carlos Machado
Urbano
Foto: DR
Urbano Resendes nasceu na Ilha de São Miguel, Açores, em 1959. Vive e trabalha em Lisboa e nos Açores.
Estudou na Slade School of Fine Art, Londres, uma das melhores escolas de arte do Reino Unido, entre 1995 e 1997. Em 1998 participou no Kaleidoscope Program: The Royal University College of Fine Arts, Estocolmo e Tavira Print Workshop. Em 1998-99 decorou a Capela do Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada, Açores. Desde 1997 é representado pela Galeria 111, e desde 2000 colabora com a Galeria Fonseca Macedo de Ponta Delgada.
A sua primeira exposição individual foi em 1983 no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.
Os motivos e objectos nas obras de Urbano são as árvores e as plantas, a onda, o peixe, a figura humana, o livro e o vaso-cálice. Pinta, forma e ilustra.
É um dos pintores açorianos mais conhecidos na actualidade.
Foto: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
José Nuno da Câmara Pereira
Exposição Um Sísifo Feliz (2016), no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas. Foto: Rui Soares
José Nuno Monteiro da Câmara Pereira (Ilha de Santa Maria, Açores, 1 de Abril de 1937 — Lisboa, 14 de Janeiro de 2018) foi um dos mais importantes artistas plásticos portugueses oriundos e/ou residentes nos Açores e a sua obra ocupa um lugar de destaque no panorama artístico português do seu tempo, em particular nas décadas de 1970 e 1980.
O seu interesse pelas artes plásticas foi condicionalizado em 1957, quando participou numa visita de estudantes à Ilha do Faial para observar a erupção do Vulcão dos Capelinhos, sendo que no ano seguinte foi estudar pintura, tendo-se licenciado pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em 1966.
Foi docente na Escola Técnica de Alcobaça (1961-66), na Escola António Arroio (1966-71), no IADE (1969-74) e no Ar.Co (1973-79), Lisboa, e na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1987-1989). Esta foi uma vertente importantíssima da sua actividade. Paralelamente realizou trabalhos como artista gráfico e publicitário.
Em 1987-88 frequentou o Center for Advanced Visual Studies do M.I.T. – Massachusetts Institute of Technology, Cambridge USA como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Luso-Americana. Em 1994 regressou aos Açores, fixando-se em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira . A mudança irá estar associada a um distanciamento da cena artística em Portugal Continental. A partir daí desenvolveu uma série de projectos de intervenção pública.
A sua última exposição foi em 2016 no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, sendo uma grande exposição retrospectiva da sua obra. Com o título de Um Sísifo feliz, a exposição foi comissariada por José Luís Porfírio e integrou uma extensa selecção de trabalhos das diversas fases da sua obra (nomeadamente uma recriação da peça Mar de Lama, originalmente apresentada na Sociedade Nacional de Belas Artes em 1986), tendo sido publicado um catálogo com um balanço de toda a sua carreira artística.
Exposição Um Sísifo Feliz (2016), no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.
Carlos Carreiro
Foto e biografia: Centro Português de Serigrafia
Carlos Carreiro nasceu em 1946, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel. Foi professor da Faculdade de Belas Artes do Porto e recebeu vários prémios. Em 1976 formou o Grupo Puzzle com Graça Morais, Jaime Silva, Dário Alves, Albuquerque Mendes, Pedro Rocha, Fernando Pinto Coelho, João Dixo e Armando Azevedo. Participou, em Portugal e no estrangeiro, em mais de 300 exposições colectivas, tais como Arco 98, Madrid e Art Cologne 01. Tem realizado diversas exposições individuais em Portugal e no estrangeiro, para além de estar presente em numerosas colecções particulares e em muitos organismos oficiais nos Açores, como por exemplo, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Das galerias onde expôs, destacam-se: Zen, JN, 111, Módulo, EG, Bertrand, Roma e Pavia, Diagonal, Diagonale (Paris), entre outras. Em 1991/92, com o apoio da Direcção Regional da Cultura, foi organizada uma exposição antológica, assinalando os 25 anos de carreira do artista. A mostra percorreu as cidades de Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, Horta, Lisboa, Porto, Amarante, Coimbra, Gondomar, S. João da Madeira e Aveiro. Em 2003 foi realizada uma pequena exposição antológica na Galeria do Centro Municipal da Cultura de Ponta Delgada, espaço que recebeu novamente a sua obra em 2005, no âmbito de uma exposição individual. A sua pintura é inconfundível devido ao seu estilo próprio, num imaginário onde imperam a fantasia, o humor e o comentário num verdadeiro jogo de luz e conceitos. Recebeu vários prémios entre eles, em 1984, a Menção Honrosa George Orwell da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1996, o Prémio Nacional de Pintura – 2º Bienal de Arte AIP – e, em 1997, o Prémio Art Car BMW Baviera, em destaque pela pintura de um BMW, que se encontra patente ao público no Museu da Baviera.
Está representado nas colecções do Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, Museu Municipal de Amarante, Fundação de Serralves, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Sodertalfe, Suécia, várias colecções institucionais do Governo Regional dos Açores e inúmeras colecções particulares.
O Despertar do Pintor. Imagem retirada do blog do pintor.
Marciano Henriques da Silva
Marciano Henriques da Silva (Ponta Delgada, 1831 — Lisboa, 1873) foi um pintor que ganhou fama como retratista do rei D. Luís I de Portugal. Artista romântico cuja carreira conheceu uma rápida ascensão, estagiou em Paris, Roma e Londres e transformou-se numa figura de referência da pintura portuguesa da época, tendo deixado parte substancial da sua obra no Palácio Nacional da Ajuda, onde trabalhou sob a égide de D. Luís I.
De origens modestas, conseguiu estudar na Faculdade de Belas Artes de Lisboa graças a um mecenas. Demonstrando raro talento, notabilizou-se no meio artístico lisboeta, onde facilmente se integrou.
Quando a sua fama chegou à Corte, foi convidado pelo rei D. Luís I para organizar a colecção de pintura do Palácio Nacional da Ajuda, onde acaba por instalar o seu estúdio. Por esta via consegue os meios que lhe permitem viajar a Paris e Londres, tendo nesta última cidade conhecido a sua mulher, Celina. Numa viagem a Roma dedica-se ao aperfeiçoamento dos seus conhecimentos de pintura histórica, que cultiva no estilo típico do Romantismo.
Prematuramente arredado da pintura, por uma doença que o deixa incapacitado, falece aos 41 anos.
O Retrato de Celina (ca. 1867) pode ser admirado no Museu Carlos Machado.
Duarte Faria e Maia
Duarte Machado de Faria e Maia (Ponta Delgada, 10 de Junho de 1867 — Ponta Delgada, 3 de Novembro de 1922), mais conhecido pelo nome artístico de Duarte Maia, foi um pintor da corrente naturalista que deixou interessantes registos da vida rural micaelense e francesa. Oriundo de uma família abastada da ilha de São Miguel, dispôs de desafogo financeiro suficiente para poder seguir o seu interesse pela pintura, indo estudar para Lisboa, e para poder viver sem necessitar de trabalho remunerado. Em 1887, muito jovem, partiu para Paris, onde adquiriu uma formação ecléctica, conhecendo a obra dos grandes pintores naturalistas e impressionistas, que depois se reflectiria na sua obra.
Regressaria ainda à ilha de São Miguel, antes de voltar a França. Por fim, fixaria residência, definitivamente, na sua terra natal. Apaixonado pelos temas da vida rural, pintou múltiplas figuras anónimas em tarefas agrícolas ou em cenas típicas da vida rural. Embora filiado na segunda geração da corrente do naturalismo português, a sua obra apresenta laivos que a aproximam do impressionismo, seguindo uma corrente estética integrada na pintura francesa sua contemporânea.
A principal colecção das suas pinturas encontra-se no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, instituição que possui cerca de três dezenas de obras deste pintor.
Francisco Álvares Cabral
O Centro Cultural da Caloura organizou uma exposição das obras de Francisco Álvares Cabral em 2015.
Francisco Álvares Cabral nasceu em Ponta Delgada em 1887. Contemporâneo e amigo do pintor Domingos Rebêlo. Teve como primeiro professor de Desenho o espanhol D. Manuel de La Quadra. Concluiu o curso liceal no Funchal, partindo depois para Lisboa, onde foi discípulo de Carlos Reis, e para Munique tendo sido discípulo de Habermann e Walter Thor. Esteve também algum tempo em Paris com Domingos Rebêlo, tendo aí conhecido outros pintores portugueses. Aderiu ao projecto desses pintores de realizarem uma exposição em Lisboa, no salão de exposições artísticas do fotógrafo Bobone. Francisco Álvares Cabral expôs: Natureza Morta ao Ar Livre, Cabeça de Italiana, Cabeça de Criança, três paisagens (Estudo do Céu, Névoa nas Montanhas, Sobre as Sete Cidades) e três desenhos.
Por volta de 1924/28, esteve na Suíça, em Lausanne, cerca de um ano, tendo-se associado à “Société Vaudoise de Beaux Arts”.
A sua obra é constituída por retratos a carvão, óleos sobre tela, paisagens e naturezas mortas.
Morreu em 1947.
Natureza-morta (Sete Cidades). Encontra-se no Museu Carlos Machado.
Luiz Bernardo Leite d’Athaíde
Luís Bernardo Leite de Ataíde (Ponta Delgada, 25 de Abril de 1883 — Ponta Delgada, 17 de Julho de 1955), cujo nome parece frequentemente grafado Luiz Bernardo Leite d’Athaíde, foi um historiador de arte e etnógrafo, autor de um importante conjunto de obras sobre etnologia e cultura micaelenses e o principal defensor, junto da Junta Geral do Distrito Autónomo de Ponta Delgada, da aquisição do antigo Convento de Santo André para sede do Museu Carlos Machado, instituição de que foi director desde 1912 e principal obreiro das colecções de arte e etnografia. Foi pai da pintora Maria Luísa Ataíde e avô da escultora Luísa Constantina.
Paisagem (1922). Encontra-se no Museu Carlos Machado.
Raimundo Machado da Luz
Praia, sem data. Encontra-se no Museu Carlos Machado.
Raimundo Machado da Luz (Ponta Delgada, 1903 — Lisboa, 1985) foi pintor e professor de arte. Machado da Luz destacou-se pela sua obra de pendor social precursora do neo-realismo português. Formou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, ingressando na docência e depois na carreira de inspeção educativa. Paralelamente ensinou na Sociedade Nacional de Belas Artes. Teve um percurso pouco convencional, não pactuando com os cânones artísticos do Estado Novo e produzindo uma obra onde avultam as pinturas tendo como tema as mulheres.
Foi casado com Maria José Estanco, a primeira mulher que se graduou em arquitectura em Portugal.
O Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, possui mais de duas centenas de obras da autoria de Raimundo Machado da Luz.
Medeiros Cabral
Medeiros Cabral nasceu no dia 7 de Setembro de 1955 na cidade de Ponta Delgada e faleceu no dia 20 de Dezembro de 1979, aos 25 anos, na cidade do Porto onde frequentava o terceiro ano de pintura da Escola Superior de Belas Artes daquela cidade.
A sua curta vida foi fortemente marcada pelo período pós-revolução do 25 de Abril de 1974, que se veio a reflectir na sua criação artística. A História, a sua obra mais marcante, é um tríptico onde o pintor nos dá a sua visão da História apresentando-a dividida em três períodos (O Esclavagismo, O Feudalismo e O Capitalismo).
Realizou duas exposições individuais: Uma Exposição para Trocar, na Praceta Gonçalo Velho Cabral no dia 1 de Maio de 1975; e A História, no Museu Carlos Machado em Junho de 1977.
Desde 1973 e até 1979, ano do seu falecimento, organizou e participou em várias exposições colectivas.
Morte duma intelectual por isolamento (1979). Encontra-se no Museu Carlos Machado.
Victor Almeida
Fotografia: DR
Victor Bernardo Almeida nasceu em Ponta Delgada em 1967, tendo-se licenciado na Faculdade de Belas Artes do Porto, em 1999. É professor de Artes Visuais na Escola Secundária da Lagoa.
A par de um domínio apurado da técnica, os seus trabalhos possuem marcas muito características, tratando-se na exposição Diálogos de formular um diálogo entre o corpo feminino e o corpo masculino.
Exposição Diálogos, de Victor Almeida, na Fundação D. Luís I.
Maria José Cavaco
Foto: DR
Maria José Cavaco (Ponta Delgada, 1967 – Ponta Delgada, 2022). Era licenciada em Artes Plásticas-Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e doutorada com tese artística em Arquitectura pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. Leccionou no ensino secundário e no ensino superior. Colaborou com a Direcção Regional da Cultura na divulgação e desenvolvimento da arte contemporânea nos Açores, designadamente através da implementação do Projecto ARTCA, de que foi coordenadora, e integrou a Comissão de Curadores instaladora do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas. O seu trabalho cruza a pintura com diversos meios de expressão, incidindo em estratégias e dispositivos de operacionalização de um conjunto de conceitos associados à dimensão crítica da auto-reflexividade na ficção artística. Ao longo dos últimos 26 anos realizou 18 exposições individuais.
Em 2019, realizou uma exposição no Convento de São Francisco, no concelho açoriano da Lagoa, e, em 2018, promoveu exposições na Galeria Fonseca Macedo e na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Ponta Delgada e Lisboa, respectivamente.
De Julho a Novembro de 2021, o Centro de Arte Contemporânea dos Açores realizou uma exposição dedicada a Maria José Cavaco, intitulada “Lugares de Fratura”.
Está representada em colecções públicas e privadas, das quais se destacam as da Fundação PLMJ, Lisboa; da Fundação Carmona e Costa, Lisboa; do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, Açores; do Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, Açores; e do Centro Cultural da Caloura, Açores. Em 2012 foi-lhe atribuída a Bolsa Regional de Criação Artística no domínio das Artes Plásticas, e em 2016 o Prémio Regional de Pintura António Dacosta.
A hazy medium of mist 4, Exposição “A Sense of Possibility” (2013), na Galeria Fonseca Macedo.
Beatriz Brum
Foto: DR
Beatriz Brum (Lagoa, Açores, 1993) é uma artista visual que desenvolve a sua pesquisa em torno da luz, através de processos e experiências que questionam a sua materialidade, limites e formas. É licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, onde também concluiu os Mestrados em Gestão Cultural (2017) e Artes Plásticas (2019). Em 2015 venceu o prémio jovens criadores do Walk&Talk, em 2020 venceu o Prémio de Pintura António Dacosta da Secretaria Regional da Educação e Cultura. Já participou em várias exposições colectivas e conta com algumas individuais.
Apesar de estes 15 pintores açorianos representarem maravilhosamente bem a pintura nos Açores, sabemos que existem muitos mais. Se quiser, partilhe connosco, aqui a Agenda dos Açores ou no nosso Facebook.
Se quiser adquirir livros sobre Domingos Rebêlo, e catálogos de coleção de exposições de António Eduardo Soares de Sousa e de Urbano, clique aqui!