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Terceira: A intemporalidade de Cândido Pamplona Forjaz
Abril 17 | 18:00 - 19:30
Há gestos, palavras e atitudes que o tempo não desgasta. A sua permanência provoca a necessidade de encontros e reencontros. É o que acontece na exposição sobre a intemporalidade da pessoa e acção do Dr. Cândido Pamplona Forjaz, que nos apresenta a verticalidade de princípios e a nobreza de carácter do insigne terceirense. Nesta montra se revela quer o professor liceal, como o jornalista, o empresário e político, o benemérito, o singular cidadão de causas.
Vivemos e existimos em coordenadas de espaço e tempo. Embora sejamos indivisíveis e diferentes uns dos outros, não nos distingue a natureza que partilhamos e esta é racional e relacional. Das imensas faculdades que temos, uma das maiores é a memória, e esta liga-nos a tudo o que de relevante se passou, às pessoas e aos acontecimentos que o protagonizaram.
Actividades paralelas:
DA HISTÓRIA DOS DIAS: DIÁRIOS DE AMOR DE MARIA DO LIVRAMENTO E DE CÂNDIDO FORJAZ: UM [OUTRO] PATRIMÓNIO
Cláudia Faria / Graça Alves
Fazendo uso das ferramentas da História Oral, das Histórias de Vida e das escritas do Eu, no âmbito do projecto “Memória das Gentes que fazem a História”, desenvolvido no CEHA, entre 2012 e 2019, coordenado pelo Doutor Alberto Vieira, foi analisada a correspondência de dois jovens açorianos – Cândido Pamplona Forjaz e Maria do Livramento Mesquita Abreu – entre 1924-1933. São cartas-diários que circulavam nos vapores que ligavam Angra do Heroísmo a Lisboa, onde Cândido estudava Filologia Românica. Por elas circulavam sonhos, projectos, angústias; por elas, circulava a vida, o quotidiano, a revolta de 1931 e as vivências da Ilha Terceira – as recepções, touradas, os carnavais, as festas, as procissões – abrindo deste modo, uma janela para a forma como se passavam os dias, nos anos 20 e 30 do século XX.
A conferência está programada para o dia 17 de Abril, às 18h00, no auditório da BPARLSR.
Notas Biográficas
Cláudia Maria Ferreira Faria, natural de Santa Luzia, Funchal, mestre em Cultura e Literatura Moderna, tendo defendido a tese intitulada Phelps: percursos de uma família britânica na Madeira de oitocentos. Esteve destacada no CEHA- Centro de Estudos de História do Atlântico entre 2010 e 2019. Assumiu a direcção da Revista Islenha entre 2020 e 2023. Tem várias publicações e escreve assiduamente artigos para revistas nacionais e internacionais nas áreas da literatura de viagem, escritas do eu; diarística, histórias de vida e arquivos privados e familiares. Actualmente é coordenadora do Gabinete da Cultura no Município do Porto Santo.
Graça Maria Nóbrega Alves nasceu no Funchal, onde reside. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa. Foi professora, desenvolveu projectos ligados à Literatura, aos Estudos insulares e às Histórias de Vida, no Centro de Estudos de História do Atlântico, entre 2010 e 2019. Foi Directora de Serviços de Museus e Centros Culturais, da Direcção Regional de Cultura da Madeira até 2023. É directora do Museu de Arte Sacra do Funchal. Foi vencedora de alguns prémios literários e é autora de várias obras, co-autora de alguns ensaios sobre literatura, memórias, estudos insulares e histórias de vida, escreveu contos para várias colectâneas, tem artigos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras e mantém uma crónica num jornal madeirense.