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Fórum Artes e Ofícios Hands On Azores

Junho 2 @ 9:30 - Junho 3 @ 23:00

O Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA) está a promover o Fórum Artes e Ofícios, aberto ao público interessado em participar, nomeadamente artesãs e artesãos, designers e agentes das indústrias criativas, profissionais e investigadores ligados ao setor das artes e ofícios e da moda e entidades, instituições e técnicos das áreas da cultura, do património e do turismo.
As inscrições decorrem até dia 28 de Maio através de formulário online. A participação poderá ser presencial ou online.

Programa:

 

2 de Junho

9:30h – Acreditação.

10:00h – Abertura com Maria João Carreiro, Secretária Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Alexandra Andrade, Coordenadora do Centro de Artesanato e Design dos Açores e Álbio Nascimento e Kathi Stertzig, Origem Comum.

10:40h Painel I: Quão relevante é o saber fazer ancestral/tradicional para o mundo contemporâneo?, com moderação de Álbio Nascimento.

A produção artesanal tradicional propõe uma relação equilibrada com a paisagem natural, sobretudo pelo uso consciente do conhecimento antigo e dos recursos existentes. Da escala humana de produção, às escolhas ecológicas e à economia circular, as actividades artesanais continuam a propor uma tomada de consciência perante algumas das questões prementes do nosso tempo. Como é que estes valores podem ser úteis hoje?

Oradores: Martín Azúa, Renato Imbroisi, Célia Macedo e Guida Fonseca.
Martín Azúa é um designer basco que trabalha em Barcelona desde 1994. Combina a sua actividade profissional como designer de objectos e espaços para empresas de renome com um trabalho mais especulativo. Pertence a uma categoria de designers que consideram os métodos experimentais como parte fundamental do processo de design. Em 2007 o seu projecto “Basic House” integrou a colecção permanente do MOMA em Nova York. O seu trabalho está também representado na colecção do Barcelona Design Museum e em diferentes colecções públicas e privadas.
Designer autodidacta, Renato Imbroisi tem um trabalho pioneiro no Brasil na criação de peças feitas à mão em parceria com artesãos, que realiza há mais de 40 anos em todos os estados brasileiros e noutros cantos do mundo — Japão, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Itália, Chile e outros países. Começou a pesquisar a tecelagem manual brasileira nos anos 80 e desenvolveu, intuitivamente e na prática, um método de trabalho, primeiro com tecelãs do Sul de Minas Gerais, ampliando o raio de acção para outras técnicas artesanais ao longo dos anos — definindo-se, hoje, como designer de artesanato. A sua metodologia está brevemente descrita no livro Desenho de Fibra — artesanato têxtil brasileiro (Editora Senac, 2011), escrito por Imbroisi em parceria com Maria Emilia Kubrusly. As suas oficinas junto a núcleos de artesãos incluem resgate de técnicas tradicionais, revitalização do artesanato já praticado, por meio de inovações adequadas à identidade cultural local e ao perfil dos participantes, capacitação técnica e gestão comercial e organização da produção, além de consultoria para comercialização e criação de identidade visual para material gráfico e digital. Não se trata apenas de desenvolver colecções de produtos, mas de capacitar pessoas e orientá-las em direcção ao crescimento profissional e à independência – tendo, como resultado, criação e produção de objectos feitos à mão inovadores, bonitos e originais. De 2015 para cá, vem desenvolvendo oficinas de criação com grupos indígenas do Mato Grosso do Sul na produção de peças têxteis com estamparia e bordado, no projecto Artesanato Ofayé, realizado pelo núcleo de sustentabilidade da Fibria Papel e Celulose (actual Suzano). Em 2018, realizou, com Cristiana Pereira Barretto, oficinas de capacitação em artesanato e design para criação e produção de colecção de objectos têxteis para 50 detentas do sistema prisional do Estado de São Paulo, que, a partir desta capacitação, constituíram a cooperativa Tereza Vale a Pena. Seu trabalho é reconhecido no país e exterior, referência para designers, estilistas, artesãos, estudantes de áreas relacionadas, sendo consultor convidado de diversas instituições nacionais e internacionais, tais como a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, dirigida por Graça Machel, e a Fundação Aga Khan, ambas em Moçambique. Atua como curador de exposições e outros eventos culturais, é palestrante e co-autor também do livro Lá e Cá — trocas culturais entre o Brasil e países africanos de língua portuguesa (2013), da Editora Senac. Fundou em 2018 o IRI — Instituto Renato Imbroisi, com sede no distrito Muquém de São Lázaro, no município de Carvalhos, em Minas Gerais, onde iniciou sua parceria com tecelãs locais nos anos 80. Em 2021, o Instituto recebeu da Prefeitura de Carvalhos a cessão de uso do espaço público da Escola Municipal Severo Batista, localizada no Muquém, que se tornou sede da Escola de Artesanato do Muquém, um centro de artes e ofícios voltado à educação, à cultura, à arte e ao artesanato, dirigido por Imbroisi.
A Célia Macedo é uma criativa, apaixonada pela cerâmica. Mudou de vida perto dos 40, deixando para trás 12 anos passados fora de Portugal, em Inglaterra, onde foi arquitecta, investigadora, professora universitária e acompanhou os Architectures Sans Frontières, pelo mundo fora. Hoje, reinventou-se como profissional no sector do artesanato português. Agora ceramista, artesã certificada, carrega nas mãos, e no coração, a herança de um ofício com muitas centenas de anos de existência em Portugal — e no mundo! As suas peças são produzidas inteiramente à mão, em Montemor-o-Novo, no coração do Alentejo.
Guida Fonseca, artista têxtil, é formadora na área têxtil (tecelagem, tapeçaria, tinturaria natural). Colabora regularmente com o Cearte e Saber Fazer. Cria e expõe internacionalmente obras de arte têxtil. Desenvolve um trabalho de pesquisa, salvaguarda e reinterpretação da nossa tecelagem tradicional. Realizou um trabalho de pesquisa sobre a tinturaria no Arquipélago dos Açores, que se concretizou na exposição “Cores da Terra: A Tinturaria nas Ilhas”, em 2019 no Museu Francisco de Lacerda em S. Jorge, e respectiva publicação de catálogo. É autora e co-autora de várias publicações técnicas. Produziu textos e outros conteúdos didácticos nas áreas da Tecelagem e Debuxo, para o Porto Fashion & Fabric Museum.
14:30hPainel II: Quais os desafios e benefícios da relação entre a indústria e a produção artesanal? Missão Empresarial Têxtil | Hands on Azores Crafts, moderado por Alexandra Ávila Trindade.

Durante 11 dias Missão Empresarial Hands on Azores aproximou 5 empresas da indústria da moda a 4 Unidades Produtivas Artesanais. Neste painel reflectiu-se e debateu-se sobre os obstáculos e vantagens deste processo e onde nos pode levar esta relação comercial.

Apresentações

Colville, Itália – Luisa Cordova Wandscheer e Cooperativa de Artesanato Senhora da Encarnação da Ribeira do Nabo, São Jorge.
Shrimps, UK – Aina Carafí Navarro e João Pereira e Filhos, Terceira.
Casa MariCruz, Espanha – Maria Estrada Galmez e Casa de Trabalho de Nordeste, São Miguel.
Behén, Joana Duarte, Portugal

Oradores: Luisa Cordova Wandscheer, Aina Carafí Navarro (Shrimps), Maria Estrada Galmez e Joana Duarte

Luisa Wandscheer, designer de origem brasileira, trabalha actualmente na marca italiana Colville. Alinhada ao ethos consciente da empresa, Luisa foca-se maioritariamente na parte de pesquisa, criação e desenvolvimento de upcycling aplicado a projectos sociais, fazendo a ponte entre a sustentabilidade e a inclusão com a indústria da moda de luxo. Para além de designer na Colville, está a tirar o mestrado no Politecnico di Milano, com foco em criatividade inclusiva e sustentabilidade na moda.
Maria Estrada é CEO e co-fundadora da Casa Maricruz, marca espanhola que tem como missão fazer a ponte entre as novas gerações e a rede espanhola de artesãos, que lutam para se manter à tona num mercado antagônico aos seus valores. Nascida e criada na Andaluzia, Espanha, formou-se e fez mestrado em jornalismo cultural, profissão que a levou a Los Angeles, EUA, onde colaborou em várias revistas e jornais espanhóis escrevendo sobre cultura e artes. Sempre esteve muito próxima do artesanato e, em 2017, foi co-fundadora da Pomelo Casa, uma marca com sede em Los Angeles que exporta artesanato tradicional espanhol para todos os EUA.
Joana Duarte é a Fundadora e Designer da BÉHEN. Estudou em Londres, na Kingston University, após a licenciatura na Faculdade de Arquitectura. Aprofundou o seu interesse pela produção ética e trabalho com comunidades de artesãos, que a levou até à Índia para estagiar numa marca Fair Trade, membro da WFTO. A Designer regressa a Portugal, às histórias e bordados da família que alimentaram a criação da BÉHEN. Este é o início da missão pela proteção do Património Imaterial Português.
20:30h – Jantar.

21:30h – Projecção de filmes – Série Designers do Brasil

“Designers do Brasil” é uma série documental que aborda as trajectórias de alguns dos principais nomes do design brasileiro, em distintas especialidades.
A série foi produzida pela Loma Filmes, com direcção do DJ Dolores e os conteúdos têm curadoria de Adélia Borges.
Os episódios sobre Renato Imbroisi e Heloísa Crocco fazem um percurso pela carreira destes dois profissionais, incontornáveis na prática do design ligado à produção artesanal tradicional, com foco nas suas metodologias próprias no trabalho com a produção artesanal de diferentes comunidades.

 

3 de Junho

10:00h – Painel III: Como é que o “feito à mão”, a origem cultural ou a produção ética e ecológica se transformam em sustentabilidade económica para uma actividade/empresa artesanal?, moderado por Álbio Nascimento e Kathi Stertzig.

A produção artesanal tem inúmeros benefícios para o ambiente e para a economia, para a coesão social e para o envolvimento cultural. Artesãos, unidades produtivas e entidades recorrem a todos estes argumentos para promover produtos e serviços locais junto dos consumidores, nem sempre com sucesso.

Como se transforma essas mais-valias sociais, culturais e ecológicas em valor comercial?

Oradores: Helena Loermans, Alícia Roselló, Paula Lourenço e Josiane Masson.

Helena Loermans nasceu na Holanda e tem formação como técnica histológico-patológica pela universidade. Aos 35 anos, ela mudou-se para Portugal e tem trabalhado no seu próprio atelier mas também como formadora de tecelagem em vários projectos organizados por associações de desenvolvimento rural e do sector social. Estudou design e tecelagem Jacquard na Fundação Lisio, em Florença, e agora abre o seu atelier para jovens empreendedores de outros países europeus.
Em 2017, ela criou o Lab O para a pesquisa e reconstrução de telas de pinturas de antigos mestres.

Alícia Roselló

Em 2006, criou a Duduá, um espaço de artesanato e galeria de arte independente com o objectivo de introduzir diferentes técnicas de produção artesanal às novas gerações. Começou por organizar oficinas, promovendo artistas, criando a sua própria marca e experimentando novos materiais. Reviveu técnicas esquecidas e apresentou-as de maneira nova e inovadora. Desde então, a Duduá evoluiu e, a partir de 2007, vem organizando oficinas semanais de artesanato com artistas de todo o mundo. Em 2009, co-fundou o Festivalet, a primeira feira independente de artesanato e design em Barcelona. A feira cresceu a cada ano e é agora uma das principais feiras de design da cidade. Em 2015, começou os Talleres Nómadas, que são experiências culturais em países ou regiões onde o artesanato faz parte da economia e vida local. Esta é uma forma de aprender técnicas de artesanato em primeira mão com artesãos locais e testemunhar uma maneira diferente de fazer e viver.

Paula Lourenço (n. 1972) natural de São Teotónio – Concelho de Odemira, mestre em «Aplicações Informáticas em Arqueologia e ao Estudo do Património» (2004), licenciada em «Conservação e Restauro – Ramo Arqueologia da Paisagem» (2000) e bacharel em «Conservação e Restauro» (1996) pela Escola Superior de Tomar. Iniciou a sua formação na Escola Artística e Profissional Árvore, no Porto, influencia profissional e pessoal que se reflecte nas várias escolhas que compõem o percurso profissional de Paula Lourenço e que se materializam nos projectos que assina. Embora a sua formação artística se especialize no restauro, e no qual tem trabalhado em diversos projectos de Património Material Edificado, de que são exemplo: Capela das Almas (Porto), Capela das Almas (Sines), Museu Regional de Beja (Beja), Restauro de Talha de Altar Mor em Meimoa (Sabugal), Restauro de Pintura Igreja da Mossarria (Santarém), também trabalhou em arqueologia no Caune de L`Arago em Tautavel (França). Nos últimos anos Paula Lourenço tem vido a desenvolver um trabalho de agente cultural no Concelho de Odemira onde se destacam projectos de desenvolvimento rural e educação na TAIPA – Cooperativa de desenvolvimento Local, e na direcção executiva e artística da CACO – Associação de Artesãos do Concelho de Odemira, onde coordena projectos de Artesanato, Designe e programação cultural.

Jô Masson é terapeuta ocupacional de formação com MBA em Gestão de Organizações e Projectos Sociais no Terceiro Sector. Já actuou como consultora em desenvolvimento institucional e coordenou vários projectos em organizações sociais privadas e públicas. Há 13 anos atua como directora geral da ONG Artesol, sendo a idealizadora da Rede Nacional do Artesanato Cultural Brasileiro, que se tornou o maior portal de mapeamento, conteúdo e articulação do ecossistema do artesanato cultural do Brasil – iniciativa premiada como uma Tecnologia Social. Possui larga experiência como articuladora social, curadora e produtora cultural em projectos ligados à arte popular e ao artesanato brasileiro. É directora de comunicação da WFTO-LA (Word Fair Trade Organization na América Latina); representante da Artesol no comitê de Salvaguarda Intergovernamental do Património Cultural Imaterial na UNESCO e membro do Comitê de Especialistas do Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, gerido pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

12:30h – Pausa para almoço.

14:30h – Vídeo-Contribuições para as Oficinas de Reflexão.

15:30h – Pausa para café.
16:00h – Oficinas de Reflexão.
Redes de valor e conhecimento

Como garantir a continuidade das práticas artesanais locais através da partilha de conhecimento e trabalho em conjunto?

Os participantes serão organizados por grupos, segundo temas específicos como o valor comercial, o património cultural e a inovação social. Através de um jogo de perguntas e respostas (individuais e colectivas) serão geradas propostas concretas de preservação e promoção das artes locais.

 

Grupo 1
Organização em rede
Moderação Josiane Masson

Quais são os valores da produção artesanal?

Que vantagens há na cooperação entre artesãos?

Quais os problemas que só podem ser resolvidos pela colaboração e trabalho em rede?

Colaboração vs Competição, quem ganha?

 

Grupo 2
Valor ancestral na sociedade de consumo actual
Moderação Célia Macedo

Quais são os valores da produção artesanal?

Como é que a sustentabilidade do produto artesanal tradicional (saber fazer ancestral, a habilidade manual e a aplicação inteligente dos recursos naturais) encontra sentido na sociedade de consumo actual?

Quais qualidades que diferenciam os produtos artesanais dos industriais?

Que vantagens e benefícios podem trazer os produtos artesanais tradicionais ao quotidiano de hoje?

 

Grupo 3

Viabilidade económica das práticas artesanais

Moderação Renato Imbroisi

Quais são os valores da produção artesanal?

“Feito à mão” é sinónimo de sustentabilidade?

Qual o valor real do produto artesanal?

Como transformar esse(s) valor(es) em viabilidade financeira de um negócio?

 

16:30h – Partilha das conclusões de cada grupo + Debate geral sobre as conclusões.
17:30h – Encerramento oficial.
21:30h – Cinebar
Projecção de filmes – Origem Comum + A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria

Projecção de filmes de ambos os projectos sobre e com artesãos, comentados por Tiago Pereira, Álbio Nascimento e Kathi Stertzig.

Seguido de conversa com o público.

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Detalhes

Início:
Junho 2 @ 9:30
Fim:
Junho 3 @ 23:00
Categorias de Evento:
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Etiquetas de Evento:
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Local

São Miguel – Centro Regional de Apoio ao Artesanato
Rua Conselheiro Dr. Luís Bettencourt, 24
Ponta Delgada, 9500-058
+ Mapa do Google
Telefone:
296 309 100
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